Olho no olho
Sentada em frente ao computador tento extrair de mim a crônica inicial. Aquela que me representará, iniciará o contato com você, leitor, e me colocará definitivamente, de frente para o pelotão – olho no olho, sem véus. Tanto preâmbulo me coloca, incontestavelmente, muda. Assim que assinei o contrato, fui ao café que habitualmente frequento, sentei e saquei o laptop. Procedimentos iniciais, abertura de pasta e o silêncio se derramando pela mesa. Todas as quintas – se eu conseguir escrever uma por semana terão sido 44 em um ano. E toda semana falarei de algo: sapato, carrapato, poesia ou aquele grampeador do banco – sempre sem grampos. Peço um café. Sacar o tema, escrever, burilar, lapidar. Toda semana este processo se dará antes que ela possa nascer, antes que ela possa ser – a crônica.
Confesso que sou assolada pelo fácil: uma desculpa qualquer e me livro da obrigação cotidiana de observar para contar. Digo não e volto a observar só pra mim, para os meus devaneios e para meus livros. E não é que mal o pensamento me assola e já é você que está na minha cabeça? Sentado no sofá da sala, no escritório na hora do almoço, chacoalhando no ônibus, no café folheando este caderno exatamente a procura do que terei escrito, lendo meu texto para alguém. Estou irremediavelmente comprometida. Sem você já não sou, porque já sonho com nosso encontro. Então, leitor amigo, façamos assim: Tem aqui o meu email - clozingali@gmail.com - Escreva-me. Critique. Elogie. Xingue. Mostre seus dentes (no sorriso ou no grito), mas não deixe não de se revelar. O editor do jornal estará de olho, junto com você – e eu estarei lá, lembra? De frente para o pelotão – olho no olho, sem véus. Confesso que estou passada dos avessos!
oi clotilde!
ResponderExcluirachei legal demais te ver escrevendo também no an! parabéns!
tenha certeza de que terás uma leitura sempre atenta a cada semana ^^
grande abraço!
ítalo.
QUERIDO!
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