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terça-feira, 9 de agosto de 2016

ODE PARA LUÍZA

Ilustração: Eva Armisén

Ode para Luiza 

pelo sulco do olho verto uma lágrima. ato ridículo e baldio como carta de amor nunca escrita. uma lágrima furtiva. rútila. apenas para edificar a dor: dar equilíbrio e resistência.

galhofeira, insisto em frente ao espelho um tanto lânguida (vês?); amarro com arame as lacunas para estar assim: súbita e obscena. 

dedilhante, suprimo o ar da palavra para fazer cardume de desejos em franca apnéia; dividir o mar com arraias: heterônima e abandonada. cerzida e voadora.

depois, farpo os espaços por puro capricho. coloco a palavra deserto no meio da palavra água pelo prazer de ver tudo desandar. por delirar e estar assim: vítrea, viscosa e febril. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

SOBRE GARIMPAR


http://www.gravura.art.br/carybe-2697.html

SOBRE GARIMPAR


(publicado na Oficina da Palavra Selvagem em 27 de julho de 2016)


Todo homem garimpa. Todo homem garimpa e se sabe musgo. se sabe pedra e rajada de vento. se sabe banho de ofurô.

Todo homem garimpa até mesmo quando o fogo dos sonhos faz soar ao longe uma ocarina: todo o mais passa e fica nas molduras e rodapés. nas notas de pé de página. 

Todo homem que garimpa é mais quando, pés n’água, carrega o horizonte nas mãos e nos olhos; a busca. todo homem, até em água benta, garimpa: silêncios e palavras: trampolins de onde salta para voar em papel de arroz. ladear talha-mares. todo homem garimpa. todo homem; música, perfume e voo. 
http://www.gravura.art.br/carybe-2697.html

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