no quintal há abundâncias e abismos,
adjacências e sustos;
em meio a punhados de manjericão e cebolinha, em meio ao que desponta no caminho: bálsamo e perfume, arranhões e palavras:
palavra empinada
palavra sem rosto
palavra com dedo em riste;
palavra que flutua
numa tarde qualquer de verão; que faz alvoroço por dentro;
palavra que sobra depois de uma refeição; palavra com perfume, palavra que abre um vazio; palavra que faz poesia .
a menina corre para pegar e fugir das palavras que caem.
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