PRESENTE, PASSADO E FUTURO
Nos últimos dias, o assunto FUTURO foi a tônica de conversas ao sol, à sombra, desfrutando da beleza do mar de um lado, do rio do outro e de pássaros desfilando seu voar. Já é passado. Mas a sensação mora em mim ainda. Bem perto. E foi futuro, quando segui para São Francisco esperando passar momentos assim. Do que se trata o futuro, afinal? E “aonde” mora esse surpreendente cavalheiro que açoita nossos pensamentos e brinca com nossas expectativas?
Para uns o futuro está logo aqui, esmurrando a porta e pegando de surpresa:
- mas já! Puxa... eu achei que teria tempo de me arrumar, de guardar dinheiro, de gastar dinheiro! Mas eu nem arrumei a casa, nem comprei o adaptador para tomada trifásica. Mal tive tempo de instalar o fio terra! Ah... Se eu soubesse. E agora, meu Deus! O que faço?
Para outros a visita nunca chega. São minutos, horas, dias, anos inteiros de espera e o dia a dia da mesma constatação:
- Não, ainda não. Estou esperando uma estiada no trabalho. Aí eu faço. Nas férias eu farei: vou ler isso tudo. Assim que ela chegar eu direi o que está entalado aqui dentro há anos. Quando eu me aposentar vou cuidar disso. Se eu nascesse de novo eu iria...
E ainda há os que ignoram o futuro:
- Futuro? Eu não penso nisso. Minha vida é agora e amanhã sabe lá! Preservar o planeta pra quê? Nem filho eu tenho! Quero é meu banho diário de meia hora. Isso sim. Guardar dinheiro não! Para quê? Para pagar meu caixão? Quando acontecer o pessoal se vira... Quero é aproveitar tudo!
É engraçado. A mim parece que passado e futuro são coisas relativas a um mesmo ícone. Ao Presente. Ao desejo que nos move aqui e agora. Pra lá, pra cá. Pra ficar parado também!
O que será o passado, senão o que fizermos hoje?
O que será o futuro, senão o que fizermos hoje?
Absolutamente ambos referem-se às nossas ações hoje. O que fazemos hoje transforma-se em “ontem” 5 minutos depois. Aliás, numa fração de segundo já vira passado. O que desejamos agora e nos move, em segundos também já é futuro. Ontem e amanhã. Ambos maravilhosos e impalpáveis. Tudo que temos é o desejo que nos move nesse exato segundo. É o hoje. E o nome do hoje é “Presente”.
O que é o presente senão algo que nos dão ou vamos lá pegar e transformamos, lemos, odiamos, amamos, exploramos, doamos? O que é “Presente” senão algo que nos surpreende quando tiramos o laço e abrimos a caixa? E daí choramos, corremos para o abraço, sorrimos, cantamos?
Gostamos de pensar de onde viemos e para onde vamos. É assim desde que o mundo é mundo. A grande dúvida que move o homem em sua trajetória pelo presente. Isso não significa que não devemos considerar o passado, olhar para ele com desmedido amor. Não significa também que não devemos sonhar, pensar o futuro, trabalhar por ele. Mas o presente é a única realidade possível. Uma realidade onde podemos dar voz à nossa vontade para escrever o que um segundo depois será passado e desenhar o futuro antes mesmo que ele aconteça. Desenhar o futuro que depois será escrito. E o maravilhoso dessa mistura, é que pensar no futuro, fazer planos, se preparar, o que quer que seja, além de alterar nosso presente, muda a imagem de passado que podemos prever caso as coisas não se alterem... Não é assim o cuidado com o meio ambiente? Você pensa o que pode significar a falta de água no planeta (perspectiva bem provável!), então procura economizar um pouco no seu presente. O que acontece? Talvez tome banho todos os dias até seu derradeiro dia! Será esse o futuro. Porque desenhamos desse jeito no presente. Não é?
Então... Façamos lindo nosso presente. Cada segundo já passou. Não vê? Passou nesse instante. Então, se você vem sentindo o tempo escorrer por suas mãos, só por hoje, sorria, cante, abrace, fale mais baixo, mais alto. Coma direito, tome água. Adote um animal. Uma criança. Uma causa. Lute. E ponha pra tocar Raul e cante com ele em frente ao espelho, sorrindo pra você mesmo: “Tente! Levante sua mão sedenta e recomece a andar! Não pense que a cabeça agüenta se você parar! Não, não, não, não. Há uma voz que canta, há uma voz que dança, há uma voz que gira bailando no ar”. Queira!
Nos últimos dias, o assunto FUTURO foi a tônica de conversas ao sol, à sombra, desfrutando da beleza do mar de um lado, do rio do outro e de pássaros desfilando seu voar. Já é passado. Mas a sensação mora em mim ainda. Bem perto. E foi futuro, quando segui para São Francisco esperando passar momentos assim. Do que se trata o futuro, afinal? E “aonde” mora esse surpreendente cavalheiro que açoita nossos pensamentos e brinca com nossas expectativas?
Para uns o futuro está logo aqui, esmurrando a porta e pegando de surpresa:
- mas já! Puxa... eu achei que teria tempo de me arrumar, de guardar dinheiro, de gastar dinheiro! Mas eu nem arrumei a casa, nem comprei o adaptador para tomada trifásica. Mal tive tempo de instalar o fio terra! Ah... Se eu soubesse. E agora, meu Deus! O que faço?
Para outros a visita nunca chega. São minutos, horas, dias, anos inteiros de espera e o dia a dia da mesma constatação:
- Não, ainda não. Estou esperando uma estiada no trabalho. Aí eu faço. Nas férias eu farei: vou ler isso tudo. Assim que ela chegar eu direi o que está entalado aqui dentro há anos. Quando eu me aposentar vou cuidar disso. Se eu nascesse de novo eu iria...
E ainda há os que ignoram o futuro:
- Futuro? Eu não penso nisso. Minha vida é agora e amanhã sabe lá! Preservar o planeta pra quê? Nem filho eu tenho! Quero é meu banho diário de meia hora. Isso sim. Guardar dinheiro não! Para quê? Para pagar meu caixão? Quando acontecer o pessoal se vira... Quero é aproveitar tudo!
É engraçado. A mim parece que passado e futuro são coisas relativas a um mesmo ícone. Ao Presente. Ao desejo que nos move aqui e agora. Pra lá, pra cá. Pra ficar parado também!
O que será o passado, senão o que fizermos hoje?
O que será o futuro, senão o que fizermos hoje?
Absolutamente ambos referem-se às nossas ações hoje. O que fazemos hoje transforma-se em “ontem” 5 minutos depois. Aliás, numa fração de segundo já vira passado. O que desejamos agora e nos move, em segundos também já é futuro. Ontem e amanhã. Ambos maravilhosos e impalpáveis. Tudo que temos é o desejo que nos move nesse exato segundo. É o hoje. E o nome do hoje é “Presente”.
O que é o presente senão algo que nos dão ou vamos lá pegar e transformamos, lemos, odiamos, amamos, exploramos, doamos? O que é “Presente” senão algo que nos surpreende quando tiramos o laço e abrimos a caixa? E daí choramos, corremos para o abraço, sorrimos, cantamos?
Gostamos de pensar de onde viemos e para onde vamos. É assim desde que o mundo é mundo. A grande dúvida que move o homem em sua trajetória pelo presente. Isso não significa que não devemos considerar o passado, olhar para ele com desmedido amor. Não significa também que não devemos sonhar, pensar o futuro, trabalhar por ele. Mas o presente é a única realidade possível. Uma realidade onde podemos dar voz à nossa vontade para escrever o que um segundo depois será passado e desenhar o futuro antes mesmo que ele aconteça. Desenhar o futuro que depois será escrito. E o maravilhoso dessa mistura, é que pensar no futuro, fazer planos, se preparar, o que quer que seja, além de alterar nosso presente, muda a imagem de passado que podemos prever caso as coisas não se alterem... Não é assim o cuidado com o meio ambiente? Você pensa o que pode significar a falta de água no planeta (perspectiva bem provável!), então procura economizar um pouco no seu presente. O que acontece? Talvez tome banho todos os dias até seu derradeiro dia! Será esse o futuro. Porque desenhamos desse jeito no presente. Não é?
Então... Façamos lindo nosso presente. Cada segundo já passou. Não vê? Passou nesse instante. Então, se você vem sentindo o tempo escorrer por suas mãos, só por hoje, sorria, cante, abrace, fale mais baixo, mais alto. Coma direito, tome água. Adote um animal. Uma criança. Uma causa. Lute. E ponha pra tocar Raul e cante com ele em frente ao espelho, sorrindo pra você mesmo: “Tente! Levante sua mão sedenta e recomece a andar! Não pense que a cabeça agüenta se você parar! Não, não, não, não. Há uma voz que canta, há uma voz que dança, há uma voz que gira bailando no ar”. Queira!
esse trechinho do raulzito calhou bem.
ResponderExcluirbeijo
Lindo texto, Clotilde. Passado, presente, futuro. Tudo é movimento. No hoje e no aqui. Ontem, já foi. Amanhã talvez. O que vale é não deixar passar para lhe dizer, de lhe escrever como vale à pena te ler!!! Parabéns!! Um bom dia, boa semana! :)
ResponderExcluirhttp://arslitterayelizus.blogspot.com