quarta-feira, 8 de julho de 2015

TURBULÊNCIA VIRAL

TURBULÊNCIA VIRAL




de viés, sob o baixo dos olhos, o homem faz silêncio. se perguntasse, diria que, ainda que inexata, sinto agora estar mais demonstrável. por exemplo: aceito a ideia da mente como máquina de fazer relevâncias; sigo aberta e precipitada. exagero nas cores do que me anima e na amplitude do meu abandono: ossos e músculos me carregam sob alcunhas diversas. estou quase em paz. se ele, debaixo dos olhos, perguntasse, diria ainda que com mais ou menos ferrugem nos nervos, ainda sou volúpia e aconchego; fertilidade e seca. diria bem calma e pausadamente, que em cada palmo de mim o sol brilha e se apaga; que acato flores de cerejeira e revoadas de pássaros. aceito e acato o que chega e o que vai. procuro nas coisas vagas, cadência; e se for preciso, eu brigo. ele, de olhos baixos, talvez anotasse coisa qualquer no papel. talvez escutasse.

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